O que fazer em Berlim: conheça quatro locais indispensáveis na sua passagem pela cidade

O que fazer em Berlim: 4 locais indispensáveis

História, cultura, arte urbana: a capital alemã reúne um pouco de tudo. Berlim não decepciona os visitantes e tem atrações para todos os gostos. A Ilha dos Museus, por exemplo, é uma verdadeira ilha no Rio Spree que guarda relíquias mundiais muito além da história alemã.

Então, fique atento às dicas sobre o que fazer em Berlim nesses quatro locais:

  • Memorial do Holocausto;
  • Ilha dos Museus
  • Bairro Judeu
  • Mercado das Pulgas no Mauerpark.

Portanto, cada um deles mostra um pouco das várias faces de Berlim e da sua história.

Conheça um pouco mais cada um deles e planeje a sua viagem sem erro!

Memorial do Holocausto

O que fazer em Berlim Memorial do Holocausto.

Memorial do Holocausto. Foto do meu arquivo pessoal.

Primeiramente, esse é um dos pontos em Berlim que conta uma das histórias mais tristes da humanidade, mas que os alemães reconhecem a importância de ser lembrada. O Memorial do Holocausto foi inaugurado em maio de 2005 em homenagem à memória dos judeus mortos durante o Holocausto na II Guerra Mundial.

A obra, projetada pelo arquiteto Peter Eisenman, não é para ser bonita, mas, sim, simbólica e impactante. Justamente por isso ela é composta por 19.000m² de blocos de concreto em diferente tamanhos. A vista aérea dá a impressão de pedras onduladas.

Esse design, de acordo com o projeto do Memorial, foi desenhado propositalmente. Supostamente, a ideia era de que a irregularidade e os blocos provocassem confusão e uma sensação oposta a de tranquilidade.

Surpreendentemente, em um anexo subterrâneo, há o nome de todos os judeus que foram vítimas na ocasião conforme divulgado pelo museu de Israel, Yad Vashem.

O Memorial fica localizado logo ao lado do Portão de Brandenburgo e em frente à Embaixada dos Estados Unidos. Na parte subterrânea, chamada de “Local da Informação”, há exposições e detalhes sobre o Holocausto contando a história dos judeus.

No entanto , até hoje o Memorial causa discórdias. Alguns acreditam que o seu design é de “mau gosto” e lembra apenas as vítimas judias. O fato é que é preciso pisar no local com os próprios pés para sentir a emoção e criar a sua própria percepção sobre ele.

Informações para a visitação do Memorial

Para quem deseja visitar o memorial, ele está sempre aberto e a passagem é livre, não sendo cobrado nenhum bilhete. Já a sala do Local da Informação funciona das 10h às 22h de abril a setembro e das 10h às 19h de outubro a março.

Além disso, se quiser visitar esse local com um guia turístico para saber todas as histórias do holocausto, clique aqui e veja os detalhes, é barato e bem informativo.

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Ilha dos Museus

O que fazer em Berlim: vista do rio Spree para a ilha dos museus

Vista do rio Spree para a ilha dos museus. Foto do meu arquivo pessoal

O ambiente em volta não poderia ser mais atrativo: o Rio Spree, parques, restaurantes e uma cidade que pulsa energia e diversidade. A Ilha dos Museus – que é literalmente uma ilha – está localizada no Mitte, bem no centro de Berlim, no local do antigo Berliner Stadtschloss.

O prédio anterior é um grande palácio real onde viveram os imperadores alemães e foi destruído em 1950 pelo governo da República Democrática Alemã.

A ilha abriga atualmente cinco dos principais museus da cidade: Museu Pergamon, Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie e Museu Bode. Além dos museus, a Catedral de Berlim (Berliner Dom), também está ali, sendo uma protestante luterana erguida em 1905. Além disso, o parque Lustgarten também é localizado na ilha.

Quando se planeja o que fazer em Berlim, a ilha não pode ficar fora da rota. Entretanto, mesmo que você decida por não entrar nos museus, já que os ingressos podem ser caros, não deixe a ilha de lado! Pois, a beleza dos prédios e o clima no local são encantadores. Você pode também sentar na margem oposta do rio e observar a paisagem com a catedral ao fundo e se admirar com o número de turistas que passam ali diariamente.

O que fazer em Berlim: mais detalhes sobre os museus da ilha

A Ilha dos Museus foi declarada Patrimônio da Humanidade em 1999 pela UNESCO.

O seu museu mais antigo é o Altes Museum, construído entre 1823 e 1830. À época ele guardava uma coleção de artes que pertenceram à família real da Prússia e foi aberto ao público. Hoje, contudo, conta com coleção de antiguidades das regiões da Grécia e Roma.

O Neues Museum, construído em 1859 e reaberto recentemente em 2009, exibe coleções da época da pré-história até o Egito Antigo. O Alte Nationalgalerie possui uma arquitetura curiosa, já que lembra a Acrópolis de Atenas. Erguido entre 1867 e 1876, possui obras do Impressionismo, Romantismo, até o início do Modernismo.

Já o Bode Museum, reaberto em 2006, apresenta esculturas da Arte Bizantina e ainda coleções de moedas. O mais famoso deles, entretanto, é o Museu Pergamon. Atualmente ele recebe cerca de 1 milhão de visitas por ano. Construído entre 1910 e 1930, a sua entrada remonta aos tempos gregos antigos.

Se você pensa em visitar todos os museus da ilha, uma das dicas é o Area Ticket. Com ele você pode visitar todos os museus em um dia. Mas recomendo o Museum Pass Berlim é válido por três dias seguidos e permite a entrada em mais de 30 museus, incluindo os da Ilha dos Museus.

>> Passe Museus de Berlim: 3 Dias com Mais de 30 Museus

Antigo bairro judeu

Antigo cemitério judeu, um dos pontos turísticos de berlim.

Antigo Cemitério Judeu. Foto do meu arquivo pessoal

Claramente se está em busca de referência sobre o que fazer em Berlim e ama história, o antigo bairro judeu merece a sua visita. Embora hoje esteja renovado, cheio de pubs, cafés e diversidade, o bairro guarda marcas de um dos períodos mais negros da história.

A área é atualmente conhecida como Scheunenviertel e é símbolo de arte urbana.

É possível chegar ao bairro pela estação S-Bahn Hackescher Markt. Na Rosenthaler Str. 39 encontra-se a antiga fábrica de Otto Weidt, que entre 1940 e 1945 salvou inúmeros judeus dos campos de concentração.

No bairro está também o cemitério judeu mais antigo de Berlim. O cemitério, construído por volta de 1672, foi vandalizado pela Gestapo durante a II Guerra Mundial. Além disso, ali perto está a igreja evangélica Sophienkirche. Em sua fachada é possível ver as marcas dos bombardeios durante a guerra. Ademais, em 1964 o líder negro Martin Luther King visitou a igreja e discursou no local.

Ainda no antigo bairro judeu está a Nova Sinagoga, na Oranienburger, construída no século XIX. Segundo a história, a sinagoga teria sido incendiada em 1938, mas um policial impediu que o fogo a destruísse. Já durante a II Guerra, a sinagoga foi utilizada pelos nazistas como armazém. Ainda hoje a sua fachada é original e em seu interior há um museu.

Mercado das Pulgas – Mauerpark

Mercado de Pulgas de Berlim

Mercado de Pulgas de Berlim. Foto do meu arquivo pessoal.

Se você estiver visitando Berlim durante um domingo, não deixe de passar pelo Mercado das Pulgas do Mauerpark. Onde hoje é o Mauerpark costumava haver uma parte do Muro de Berlim. Atualmente, o Mercado das Pulgas do parque, que acontece todos os domingos, é o mais famoso da cidade.

Definitivamente, você pode encontrar de tudo nesse mercado: livros, roupas, calçados, brinquedos, jóias, bolsas, vinis, itens antigos da Alemanha Oriental.

Há ainda bancas com comidas sucos e o destaque do local: o karaokê. Então, já famoso, o karaokê no Mauerpark foi criado por um irlandês que durante o verão leva a sua bicicleta com caixa de som e microfone. O mais legal é que isso acontece em uma espécie de anfiteatro no parque e todo mundo é convidado a participar.

Concluindo, o Mercado das Pulgas mostra um pouco do que é justamente a Berlim atual: uma mistura de história, cultura e diversidade. Se você procura o que fazer em Berlim, permita-se sentir a cidade e os seus moradores. Assim, Berlim terá um lugar especial nas suas memórias!

 

Camila Costa

Jornalista e natural de Rio Grande/RS. Moro em Porto/PT desde setembro de 2017, quando iniciei o mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade do Porto.Desde então posso viver ainda mais a minha paixão por viagens (principalmente o amor por Paris). Carrego alguns países pela bagagem, mas, principalmente, a vontade de lugares sempre novos. Próxima aventura? Uma típica eurotrip, indo pelos ares, estradas e trilhos!